domingo, 2 de novembro de 2008


TEMPORADA NOS SATYROS
A maneira como nós conseguimos fazer a primeira temporada do grupo fora de Suzano foi um agrupamento de circunstâncias que só após um longo período posso ver com mais clareza.
A oportunidade de nos apresentar foi primeiro um convite dos Contadores de Mentira, na figura do diretor Cleiton Pereira, em ocuparmos uma data que ficaria vaga por conta de uma desistência deles. Na ocasião, com o grupo em crise, acreditei que a única coisa que poderia ajudar a sua reconstrução era uma temporada.
E nessa, os Satyros caiu como uma luva.
A temporada foi ótima. A função que eu pretendia com ela, foi cumprida.
Caso a parte foi a gente conhecer como que o Espaço dos Satyros é organizado. Ou melhor, desorganizado. O que foi combinado não foi realizado pelo Espaço e vimos um espaço em plena deterioração de equipamento e pessoal. Com pouco respeito pelos grupos que se apresentavam lá, tudo era feito com uma correria enorme e compromentendo a qualidade do espetáculo porque, pra variar, o cenário do grupo era bem complexo de montar e exigia várias condições.
De 1 hora para montarmos o cenário, passamos a ter 30 minutos e de 18 canais que precisávamos, ao longo das semanas chegou a 13 porque eles queimavam e não havia manutenção.
Mas, fora o caso da temporada em si, agradeço muito a oportunidade que o Cleiton nos forneceu e principalmente ao Teatro da Neura que, num momento de extrema crise, teve a visão de colocar a profissão acima das vaidades e problemas pessoais e realizar uma temporada do Pater digna.
Fernandes Junior - diretor do Teatro da Neura

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